Segue uma notícia que li hoje no Diário de Pernambuco. Para nós concurseiros isso não é nada animador. Tanto para quem está eguardando uma convocação quanto para novas oportunidades para esse ano. Estou vendo quase todos os dias os jornais anunciarem que as prefeituras, principalmente, e os estados estão sofrendo com a crise. O nosso querido Presidente, que tanto esbravejou que nosso país não seria afetado pela crise mundial, que nos países europeus seriam acometidos por uma tempestade e que em nosso país não seria mais que uma marolinha, teve que mudar seu discurso nos ultimos dias. "Não deixaremos que os prefeitos comam o pão que o diabo amassou sozinhos", disse Lula, referindo-se a redução na arrecadação dos impostos, e que estariam com difilcudades para manter a máquina publica. Enfim, acho que esse ano será difícil para todos que almejam ter Lulinha como seu chefe, ou mesmo Dudu.
Crise barra a nomeação de 170 mil aprovados
De olho em uma vaga no governo federal, brasileiros fazem concursos, conseguem as notas exigidas, mas não são chamados
Letícia nobre // do correio braziliense
O corte de R$ 21 bilhões no orçamento público do governo federal deste ano despejou um balde de água fria nos concurseiros. Apesar de não cancelar ou suspender os concursos, a bomba estourou no colo das nomeações.
Bruno, Mariana, Márcia, Giovana, Mariana e Marcelo: todos aprovados e à espera da nomeação. Foto: Cadu Gomes/CB/D.A Press
As despesas com pessoal e encargos sociais vão cair R$ 1,06 bilhão e, para fechar a conta, convocações serão adiadas e as autorizações passarão por um pente fino. O Correio/Diario levantou que, só nos principais concursos federais, mais de 170 mil candidatos aprovados têm a expectativa de serem nomeados. São profissionais aptos a preencherem mais de 6,9 mil vagas em muitos ministérios e órgãos estratégicos.
Na versão original, a Lei Orçamentária sancionada no último dia de 2008 previa um teto de gastos de R$ 1,79 bilhão para a criação e provimento de cargos e funções. O montante poderia ser usado para preencher quase 64 mil vagas. Agora, as únicas fatias que estão a salvo são os postos de substituição de terceirizados, que totalizam 19.423 vagas. "Não podemosmexer na substituição dos terceirizados. Temos que cumprir o prazo judicial. Além do mais, eles vão criar uma despesa e eliminar outra", diz Marcelo Viana, secretário de gestão do Ministério do Planejamento. O acordo para trocar contratados temporários irregulares por efetivos de carreira foi acertado em 2007 no Ministério Público do Trabalho. No Termo de Ajustamento de Conduta, todos devem ser substituídos até o fim de 2010.
Os 692 aprovados às 212 vagas da Câmara dos Deputados são exemplos de concurseiros angustiados. Praticamente, todos os cargos foram liberados para nomeação, mas só 32 servidores tomaram posse. A seleção teve início em 2007 e protagonizou diversos questionamentos judiciais ao longo de 2008. "Quando, enfim, o concurso é homologado aparece mais esse problema", lamenta Giovana Perlin, 37 anos, aprovada para a área de recursos humanos. Assim como ela, os arquivistas Marcelo Fontora, 46, e Bruno Menezes, 27, aguardam pacientemente para tomar posse. "Estou trabalhando e todos os dias me perguntam quando vou mudar de emprego", diz Fontora.
Outros aprovados têm casos mais preocupantes: estão desempregados e vivendo da expectativa de nomeação. "São pessoas que estão entre os classificados, dentro do número de vagas e não sabem mais o que fazer", conta Mariana Oliveira, 27, futura assistente administrativa da Câmara. A nutricionista Márcia Pontes, 44, admite que fechou o consultório que tinha e vive de trabalhos temporários. Da mesma forma, a odontóloga Mariana Soares, 28, largou o consultório e aguarda a chamada para o cargo de policial legislativo.
Panos quentes - O secretário admite que a máquina pública brasileira suporta os novos servidores. Segundo ele, depois de um longo período de declínio, o país atingiu o mesmo patamar de 1997 no quantitativo de funcionários públicos. Os concursos, acrescenta ele, estão recuperando a força de trabalho perdida em razão de aposentadorias, evasões e ampliação natural das demandas dos órgãos. "Não há motivo para desespero. Só estamos cautelosos", afirma.
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