Repassando uma excelente notícia que recebi via e-mail de minha professora de Genética e Evolução.
Publicado em 08.04.2009
Pedro Diniz
pdiniz@jc.com.br
Imagine poder assistir a uma palestra do ex-ministro britânico Tony Blair discutindo política internacional na Universidade de Yale. Ou mesmo ter um curso de Introdução à mecânica quântica, ministrado por um professor do Instituto Tecnológico de Massachusets (MIT). Os interessados não precisarão mais pagar milhares de dólares por isso, nem desenvolver teses de doutorado para conseguir uma das bolsas de estudo oferecidas pelas instituições. Há duas semanas, quando o YouTube colocou no ar o EDU, isso se tornou possível.
A nova empreitada da gigante Google reúne debates, apresentações, experimentos e grades acadêmicas do seu acervo de vídeos. Mais de cem entidades norte-americanas como as de Stanford, Berkley e Harvard Business, já disponibilizam centenas de aulas grátis na internet.
A ideia de jogar conteúdo acadêmico na rede não é nova, pois instituições de ensino já mantinham canais online para os internautas conferirem sua bibiloteca de eventos. Primeiro a pensar nessa possiblidade, o professor californiano Richard Ludlow, da Yale, resolveu democratizar as aulas e fundou o site Academic Earth, pai do YT EDU. A diferença entre os dois é que o Earth é mais organizado, dividindo em temas o diretório de imagens. Já o YouTube Edu, não.
Nem o fato das longas aulas serem faladas em inglês é desculpa para brasileiros não acessarem as páginas, pois a BBC já disponibiliza gratuitamente o curso da língua inglesa em seu site. Na onda virtual, a Universidade de São Paulo (USP) também aderiu à iniciativa de Ludlow, criando o IPTV Experimental. Para preservar a exploração não autorizada, certas produções do serviço são restritas à comunidade uspiana enquanto outras são de acesso público.
Falando em exploração, o YouTube vem removendo todo tipo de material que possa ser protegido por direitos autorais. O alvo agora são imagens de amadores cantando ou tocando trechos de músicas conhecidas, que causam confusão sobre o que é, ou não, inserido nas leis de copyright. Desde que a Warner Music requisitou direitos sobre clipes e músicas produzidas por ela, postá-las tem se tornado difícil. Pois é, o YouTube está ficando sério.
Comentado...
Acho uma excelente idéia essa a do YouTube. Várias empresas consideradas Top no mercado estão enveredando para o lado educacional, agregando a credibilidade que conquistaram no mercado à seus cursos. Um bom exemplo é o CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), que foi idealizado por professores da UFPE e trabalho na área de desenvolvimento de sistemas. Em contra partida a esse avanço está os altos investimentos necessários para quem deseja realizar esses cursos. No CESAR , por exemplo, um curso de mestrado não sai por menos de R$ 1.000,00 mesal. E está aí o grande feito realizado pelo YouTube em parceria com as instituições de ensino; oferecer cursos de qualidade e gratuitamente. O acesso a informação vem tornando-se cada vez mais democrático, e a interenet tem sido uma das ferramentas mais utilizadas para isso. A quantidade dos cursos a distância que existe hoje é o maior exemplo do grande crescimento desse segmento. Eu espero mesmo que essa iniciativa venha facilitar a vida de nós, "réles" estudantes e "estagiotrabalhadores" que precisamos nos desdobrar para conseguir nos manter e mater nossa vida acadêmica.
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